quinta-feira, 18 de abril de 2013

A hora do pires



Se os ingleses têm a hora do chá, podemos dizer que os estudantes de uma faculdade da Zona Sul, do Rio de Janeiro, possuem “ a hora do Pires”. Toda quinta-feira, a partir das 17h da tarde, como um encontro marcado, os alunos da PUC-RIO se reúnem no bar “Seu Pires”.
O porquê de ser quinta, e não quarta ou sexta, ninguém sabe ao certo. Entretanto um fato que não dá para negar é que toda semana, neste “dia escolhido”, os universitários lotam não só o próprio bar, como também os seus arredores. A Marquês de São Vicente, então, muda de cenário. O que normalmente se mostra uma rua silenciosa e pacata ganha a “trilha sonora” de bochichos, e um aglomerado de pessoas.
Há quem reclame de tanto movimento. Os moradores da Gávea ficam indignados, e não por pouco. Pela calçada nenhum ninguém consegue passar,  a menos que atravesse a rua ou se arrisque a ser atropelado. Sem contar com o perigo de algum carro, pior ainda um ônibus, desgovernado atingir não só um, mas a vários dos jovens.
Mesmo ciente dos “contratempos” presentes os estudantes não deixam de comparecer a sua preciosa “hora do pires”. Uns vão com mais ciência das cautelas que devem tomar e  com mais respeito ao próximo, e outros nem tanto, não importa, estão todos sempre lá.  A final quem nunca foi jovem, aproveitou a vida e se divertiu com os amigos em um barzinho depois da faculdade? Bendita hora do caos, bendita hora do Pires.

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